Sistema Negro - Bem Vindos ao Inferno lyrics

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Sistema Negro - Bem Vindos ao Inferno lyrics

[Verso 1] Encaro a vida de frente, pois sei aonde moro cara Não sou pensador, sou da rua, onde é a lei da bala Lugar marcado pelo jornal e pela polícia Cartão postal da violência e da c**aína Vila predominante pela raça preta Mas sempre fica na mira de uma escopeta Vivendo na precariedade Gente pobre que sobrevive a cada dia, cara, como pode Vendendo farinha, maconha um grande comercio Ilícito, mas no momento é o que dá dinheiro Carros do ano subindo, descendo nas ruas da vila Aliados, drogados, espertos com a PT na cinta Preparados para o confronto direto com a polícia Quem pode mais, chora menos Vamos ver quem é que fica Criançada jogando bola no campinho da creche Rapaziada na quadra rachando um basquete Mulherada fofocando antes e depois do almoço Quem foi, quem vai ser o próximo a ser morto? A lei da vila não é nada amigável É, a lei do cão, meu irmão, não é nada favorável É só rezar, pedir proteção pro Santo Cristo tá na sala Depois compra um 38 e duas caixas de bala Isso não é um conselho e sim uma orientação Cada macaco no seu galho, sempre de prontidão Pois o inferno é aqui, não existe outro lugar Vacilou, ficou pequeno, pode acreditar [Refrão (x4)] Bem, bem vindos, bem vindos ao inferno É aqui, não existe outro lugar [Verso 2] O sol se põe e a noite na seqüência vem O outro lado da moeda logo vai brilhar Não vejo ninguém nas ruas e o limite é o portão Olhos abertos e atentos a qualquer confusão Carro virando a esquina, farol alto, devagar Tô esperto com a mão no ferro vendo o que vai dar Infelizmente é a polícia não tem como escapar Dois manos meus são enquadrados na porta do bar Mão na cabeça, perna aberta, geral entrada e tudo Diz que os conhece e já devem estar queimando fumo Mas nada é encontrado, eles são liberados Com sua boca sangrando e alguns ossos quebrados Observo da minha casa e vejo tudo calado Estou acostumado com tudo isso Pois essa é e sempre será a rotina de onde eu moro Sempre culpado por tudo que rola nesse submundo É a verdade mais clara estampada nos jornais Noticiário na TV, rádio e outros mais Eazy, igual, preto real, essa é a realidade Querendo ou não na VR se torna o marginal padrão Não tem como escapar o clima preto no ar A marginalidade cresce, a tendência é piorar Vários vizinhos eu vejo com placa "vende-se esta casa" Estão cheios da área, triste dizendo a**im Pois o inferno é aqui, não existe outro lugar Vacilou, ficou pequeno, pode acreditar [Refrão (x4)] Bem, bem vindos, bem vindos ao inferno É aqui, não existe outro lugar [Verso 3] Pode pensar que o que eu falo é forte de mais Mas é a vida como ela é e nada mais Observe, veje e chegue a uma conclusão Por que bairro pobre é só miséria e baixaria então? Nunca fomos lembrados por nenhum filho da puta eleito Não sei porque acharam algum defeito Aqui só mora preto, não merecemos respeito Nem se quer temos ajuda e nem tão pouco direito Mas observe a vila de brancos requentados Tem polícia nas ruas dando bom dia aos vigias Mas na VR você pode crer tem policiais nas ruas enquadrando você Estamos esquecidos nesse lugar sujo e desgraçado Não tem jeito, o meu destino é morrer nesse buraco É aqui que eu fui criado correndo pelas ruas atrás de doze balas E agora mano dez anos depois Não posso esquecer meu pa**ado que na vila foi plantado É violento, mas eu gosto é a minha vida É revólver, maconha, polícia e c**aína Não venha pra cá sem ser convidado Ande esperto, maluco, com tudo tome cuidado Pois o inferno é aqui, não existe outro lugar Vacilou, ficou pequeno, pode acreditar [Refrão (x4)] Bem, bem vindos, bem vindos ao inferno É aqui, não existe outro lugar