Sérgio Giffoni - Carnaval lyrics

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Sérgio Giffoni - Carnaval lyrics

Todos seguem uma agenda Todos são os mesmos, afinal Hoje a quarentona vai sair Pois é noite de carnaval E quando ela vê um moço No dance ela vai direto ao ponto Mais tarde ela diz pro moço "Pa**e seu pau no meu coração" Nada deixa alguém mais relaxado Que s**o e também mais excitado E quando ela estende suas pernas e diz sim O vento não refresca sua bunda E ela pensa no fim O bêbado vai se vangloriar Por ficar mais embriagado Como se beber cerveja fosse Te deixar menos atolado O compositor toca na banda de samba Com influências de carimbó Hoje vai sair num bloco E não vai voltar pra casa só O que os dois tem em comum Nada, além do fato de terem barba E do fato de que os dois hoje transam No desespero com garotas desmaiadas O taxista hoje faz viagem Com o h*moss**ual Ele pensa que ele é um playboy Que tem uma fixação com sua região an*l A velhinha está voltando pra sua casa Com dois vestidos que comprou Vai vendo como BH é linda à noite E as obras que ela não presenciou Os três possuem o mesmo destino Mas numa discussão sobre h*mofobia O taxista atropela a velhinha E põe fim à uma rara e longa vida de alegria Hoje a evangélica vai direto Pra Batista da Lagoinha O curioso é que ela em sua mente Se identifica muito com as feministas O cuidado com seu corpo E a liberdade de poder ter seus cabelos As orientais com suas burcas O desafio, enfim, é ser mulher E no testemunho que a banda dá Eles gritam que a indústria gospel é o inferno E que ganhar dinheiro nunca foi louvar E no céu não se entra quem usa terno O idiota chega e diz Que as drogas não trazem só malefício Mas ele está farto de sua saliva E se excitar agora é um sacrifício Ele perdeu sua namorada Que agora chora no chuveiro Pensando em como ele a traiu Enquanto a água escorre abraçando seu joelho É, mas ele era tão charmoso E ela sempre pensou que ele a merecia O coração é um punho envolto de sangue Que pulsa, que bate, que batia Hoje a princesinha vai ser desejada A cada dois segundos O negro da periferia Não encontra seu lugar no mundo E no auge de sua loucura Ele pensa que ela é o sol E que é só o sol que brilha O sol quando pa**a na pele negra E até o dia que o sol Se deitar de vez, ele irá brilhar E todos os que tem a pele negra Sem dúvida, irão brilhar também Eu fui direto ao seu portão Mas eu não chamei Vocês cantavam a canção da glória A canção da fantasia Eu me lembrei de como eu já cantei Também a canção da vida E eu me peguei então Cantando uma canção de minha própria autoria A minha melodia é vã e arrogante E parece engolir as outras melodias Com a violência que é a minha voz E que apesar de corajosa e arredia No fim tende sempre a se juntar A todas as outras melodias Numa grande e estupenda harmonia Num conjunto sublime e universal Que soma a destruição e o amor Num conjunto final Carnaval