Sergei Prokofiev - Roberto Carlos Narra Pedro e O Lobo lyrics

Published

0 148 0

Sergei Prokofiev - Roberto Carlos Narra Pedro e O Lobo lyrics

Cada personagem desta história é representado por um instrumento da orquestra: - Pedro, pelo quarteto de cordas. - O pa**arinho, por uma flauta. - O pato, pelo oboé. - O gato, por um staccato do clarinete em registro baixo. - O avô de Pedro, pelo f*gote. - O lobo, por três trompas. - Os tiros dos caçadores, pelos instrumentos de percussão. Desse modo, todos poderão distinguir a sonoridade de cada instrumento em separado durante a narração desta história. Certa manhã, bem cedinho, Pedro abriu o portão e saiu para a floresta ampla e verde. No ramo de uma velha árvore, estava sentado um pa**arinho grande amigo de Pedro. Quando viu o menino, saltou alegremente. Tudo quieto, tudo calmo. Eis que surge o pato grasnando. Ficou contente ao ver que Pedro não havia fechado o portão, e decidiu sair pra dar um mergulho na bela lagoa azul. Quando o pa**arinho viu o pato, desceu da árvore e ficou diante dele. Depois, sacudiu os ombros e exclamou: – Que espécie de pássaro é você que nem sabe voar? Ao que o pato respondeu: – E que espécie de pássaro é você que nem sabe nadar? – e mergulhou em seguida. E começaram os dois a discutir e a brigar. O pato, nadando de um lado pra outro, e o pa**arinho, saltitando de cá para lá ao longo da cerca. De repente, Pedro viu alguma coisa. Era um gato. Um gato que se aproximava mansamente. O gato foi se aproximando, olhou para o pa**arinho e pensou: – Enquanto eles discutem, eu vou agarrá-lo – e continuou avançando pa**o a pa**o. – Cuidado! – gritou Pedro. E o pa**arinho voou rápido para a árvore. Enquanto o pato grasnava furiosamente para o gato, lá do meio do lago. O gato chegou perto da árvore e começou a andar ao seu redor olhando para a vizinha e tentando encontrar um meio de apanhá-la. E dizia baixinho: – Até que eu suba na árvore, o pa**arinho terá voado pra longe. De repente chega o avô de Pedro. Estava zangado porque Pedro havia saído para a floresta. – A floresta é um lugar perigoso. – dizia – O que acontecerá se o lobo aparecer? O que fará você, menino levado? Mas Pedro não ligou para as palavras do avô. Não, meninos como ele não têm medo do lobo. Mas o avô pegou Pedro pela mão, levou-o para dentro de casa e trancou o portão. Assim que Pedro entrou em casa com um avô, surgiu na floresta um grande e feio lobo cinzento. Num instante, o gato subiu na árvore. O pato grasnava muito a**ustado. E, de tanto medo, pulou pra fora da lagoa e pôs-se a correr. Por mais que o pato corresse, não conseguia escapar do lobo. O malvado aproximava-se mais, mais, mais, sempre mais. E, de repente, de um só golpe, engole o pobre do pato. Eis como estavam as coisas: - O gato, estava sentado num ramo da árvore. - O pa**arinho, balançava-se em outro ramo, mas não muito perto do gato. - E o lobo, andava em volta da árvore olhando para os dois com seus enormes olhos verdes. Enquanto isso, Pedro, que não tinha medo, estava atrás do portão fechado espiando tudo que acontecia. De repente, entrou em casa, apanhou uma corda, saiu apressado e pulou para cima do alto muro de pedra. Um dos ramos da árvore em volta da qual o lobo andava caía justamente em cima do muro. Pedro, agarrando-se ao ramo, pulou para a árvore e disse ao pa**arinho: – Voa para baixo e fique dando voltas em torno da cabeça do lobo. Mas cuidado pra que ele não te agarre, hein?! E o pa**arinho a**im fez. Quase tocava a cabeça do lobo com suas asas, e o lobo abria furiosamente a boca para todos os lados. Ah, como estava furioso e como desejava comer aquele petulante! Mas o pa**arinho era mais esperto do que ele, e o lobo não podia fazer nada. Enquanto isso, Pedro fizera um laço numa corda e, cuidadosamente, a deixava cair no chão. A corda enroscou-se direitinho no rabo do lobo e, então, Pedro puxou com toda força. Sentindo-se prisioneiro, o lobo começou a espernear furiosamente tentando livrar-se da corda. Mas Pedro havia amarrado a ponta da corda no tronco da árvore. E quanto mais o lobo pulava para livrar-se, mais o nó lhe apertava a cauda. Exatamente nesse momento... os caçadores surgiram da floresta. Mediram cuidadosamente o espaço que os separava do lobo, e começaram a atirar. Mas Pedro, sentado na árvore, gritou: – Não! Não! Não atirem! Nós prendemos o lobo! Ajudem-nos a levá-lo para o jardim zoológico. E lá foram eles. Imaginem vocês que cortejo de valentes! Pedro ia na frente. No meio, iam os caçadores puxando o lobo amarrado. Fechando o cortejo, iam o avô e o gato. Vovô sacudia a cabeça e dizia: – Está tudo muito bem. Mas imaginem só se Pedrinho não tivesse apanhado o lobo... O que teria acontecido? Em cima deles, voava o pa**arinho dizendo: – Pedro e eu estamos livres! Vejam como somos valentes! Prendemos o lobo! E, se vocês prestarem bastante atenção, poderão ouvir o pato grasnando lá dentro da barriga do lobo, porque, com a pressa, o lobo o engoliu vivo.