Eduardo - O Locutor do Inferno - Brincando de Marionete lyrics

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Eduardo - O Locutor do Inferno - Brincando de Marionete lyrics

[Verso 1: Dum-Dum] A trilha sonora é tiro, a cena é de terror, o ar é triste tem aglomeração Sirenes, viaturas, calibres, 12, 38, veja as manchas no chão O carro preto e branco define a atração 17 caiu pelo Pionner, CD na mão, a arma foi Glock Fulano sem Ibope, cinco na cabeça, pa**aporte pra morte A sigla IML, define o seu caminho Oitava gaveta na geladeira, um cadáver decomposto do estilo que boia no rio Defunto pra pesquisa Olha o ponto do legista Pobre é fundamental pra medicina Corta cérebro, arranca o pulmão Abre o peito no meio e come o coração É míssil teleguiado, controle remoto Marionete do sistema brasileiro de corpos Sei que os porcos batem palmas pro meu caixão Que deliram no cemitério, na detenção Com nosso sangue escorrendo no chão Querem grampo no meu pulso, me ver apodrecendo no X de uma delegacia Esperando na febre, a quarta-feira meu jumbo, a minha visita Se pá um risco de c**aína Querem ver o meu ódio, minha semiautomática jogando na ROTA Vela acesa meus pêsames, outro cadáver (pa), outra vitima morta Me querem de quebrada com um na cinta E o bolso entupido, intrujando toca fita E dando 5g pro seu filho Uma AR15 fodendo um carro forte Uma AR15 num banco bebendo seu sangue em busca do cofre Uma facada no peito do pilantra Uma rajada nos playboy filhos da puta de Zoomp, Forum, tirando um racha com suas piranhas Bomba relógio no seu escritório Quero ver me olhar com nojo, sem fax, computador, celular, no seu velório Não vou estar no chão, te estendendo a mão, ou comendo seu lixo Use o seu dinheiro pras putas das boates, pra faculdade do seu inútil filho Use o dinheiro pra Whisky, carro esporte, pro buffet num hotel de luxo, no cheiro da sua farinha Tenho dignidade, não meto os canos na sua raça, não vejo futuro Royal Salute, Pala 12[?], lagosta, caviar Faça o seu papel, não abra o vidro no farol Não estenda o pulso com Rolex Pra 380 não atirar ou pra ver não ver o moleque com o nariz escorrendo Com roupas rasgadas, queimado de cigarro, feridas no corpo, fedendo Se fodendo mendigando dinheiro... pra uma mãe, um pai Filhos da puta, pra cachaça, cigarro, crack, que neurose o desespero Aí o sangue sobe, tem que ter enterro Tiro de escopeta na cara, álcool queimando pelo corpo inteiro, pelo corpo inteiro Aí você atrás das grades, aí você, com o ferro fazendo boy pagar pedágio Seu B.O. no carro forte e a**alto a banco, são apenas peças de um jogo Onde matar ladrão é mais o fácil, é o aceitável Aqui se joga na cadeia, não é pra se regenerar É pra ver detento se matar Se joga crack na favela, e se espera o resultado Abracadabra, chove finado Já a**inei um 12, sei como é lá dentro Aqui fora descobri que detendo tem rótulo na testa Tatuagem, carimbo pra sempre detento Eterno marionete, caí na armadilha Faça o contrario fulano, aposente os calibres Dispense a farinha, desfaça a quadrilha Raciocino com o cérebro, não com os calibres O meu caminho eu mesmo traço, é, Dum-Dum, Facção Bem longe do crime, é o sistema brincando de marionetes [Refrão 2x: Dum-Dum] Brincando de marionetes É o sistema brincando de marionetes [Verso 2: Eduardo] De braços abertos sobre a cabeça de outro cadáver está Jesus Dando como prêmio a sua benção e aceitando quem quer que seja sob a sua cruz Não pede holerite, não olha a cor, não puxa o DVC Não importa se fez faculdade, se tem curso superior ou se derrubou uns três antes de morrer Nunca li a Bíblia, mal pa**ei em porta de igreja Nunca botei fé em religião, só tenho um Deus, uma certeza Que aqui no inferno, até o diabo tem perdão vai pra cima Que todo homem merece misericórdia, a graça de Nossa Senhora Aparecida O detento puxando, quatro de ponta revezando seu sono atrás das grades Enquanto uns dormem outros sonham com a liberdade O moleque com a mão estendida querendo um pedaço de HotDog Se contentando, ficando feliz com resto da sua Fanta, apenas um gole O mano H.I.V. positivo na U.T.I., na cama do hospital Ou o deficiente sem sorriso, que sonha com sua moeda de 5, 10, 25... Qualquer real Se segura na mão de Deus e vai, diz o verso da canção Mansão, iate, ouro, dólar, são em vão, preto ou branco, pobre ou rico, pro buraco só leva o caixão 180 por hora, pa**ou estilo carro de corrida Pacoteira no bolso, Honda Civic instalado de c**aína O perfil do jovem de bem, brasileiro do tipo que queima índio com álcool O santo, o filho do juiz, o bom exemplo A justiça no Brasil é pro detento na detenção Que destrói o pavilhão com as mãos Bota fogo, joga pedra no PM cuzão Aí o promotor condena Cola Globo, SBT, Revista Veja querendo a noticia O nosso sangue é manchete pro empresário que ouve a vida do rádio do seu carro Com seu motorista 111 no saco, isso sim que é justiça Sua raça cheira a mata, derrete o cachimbo Paga o honorário, "pa e pum", advogado ta lá pra tirar E o delegado sorrindo, mas se a minha tá na cinta se liga na bronca Sou a**a**ino confesso sem defesa trinca de ponta Se enquadram minha goma, reviram a gaveta, já era o guarda-roupa Abrem o som, a TV, atrás de flagrante Vários chutes na boca, desrespeitam minha mulher, a minha filha Sem mandato um batalhão de gambé na minha sala dando coronhada, apavorando minha família Não fui criado no Jardins nem no Morumbi Não me hospedo em hotel 5 estrelas, não tenho motorista e uma BMW, esperando por mim Nasci pra a**alto à banco e carro forte Pra ser o elo da farinha, da playboyzada pra favela, o justiceiro que respira morte O a**a**ino que abre sua cabeça no meio por dinheiro Ou o sequestrador que te queima, te tortura, te esfaqueia no cativeiro Que pega o seu filho pelo pescoço de refém, exige carro, armas E espalha os miolos dele como se fosse um cachorro como se fosse ninguém Só o livro a caneta, o lápis, o caderno Evitam que o Eduardo do céu seja o Eduardo do inferno Esqueça toda essa porra de B.O., fita boa, armamento, é tudo ilusão! De um abraço no seu pai, sua mãe, sua mina, isso sim é real não da sangue, não da caixão Seu trampo, seu estudo brecam o cano do PM Pobre informado, engatilhando raciocínio, hã, é embaçado qualquer país treme Quando a sirene do carro funerário tocar entre as flores lá no caixão Quero ver um mano digno não marionete, que morreu na mão da ROTA, apenas outro ladrão Aqui diz Facção, Facção [Refrão 2x: Eduardo] Brincando de marionetes É o sistema brincando de marionetes [Finalização: Eduardo] Aí mano, aposente seu calibre, dispense a farinha, desfaça a quadrilha, o nosso sangue, o cadáver embaixo do jornal, o moleque fumando crack, é o que o sistema brasileiro de corpos quer, pobre se matando, pobre trocando tiro entre si, pobre morrendo na mão da policia, pobre no cemitério, seu trampo e seu estudo brecam o cano do PM, mano informado, digno se valorizando é embaçado mano, o Brasil treme, Eduardo, Dum-Dum, Erick 12, Facção Central, 1998, Brincando de Marionetes