Douglas de Paula - Experimento lyrics

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Douglas de Paula - Experimento lyrics

[Verso] O crack poca no centro Sujo minhas mãos de tinta Vejo o mal e me concentro Enquanto grafito vida Perceba a energia, sinta Amor não se apaga, se pinta Abrace o vento, deite na água Sinta dentro da sua alma Seja o exemplo que você tanto procurava Sem arrependimento, solte suas amarras Liberdade é a leveza de pode sentir sem mentir Fluir, emergir a**im Um oceano de sentidos O s**to é o mínimo Eu tenho deja vú de uma cena de tiros que nunca vi Me levem daqui Sento no chão, tenho outra alucinação Presença dos irmãos que não tão mais nessa gestão E esse ciclo nunca vai ter um fim Quero mesmo um jardim Animais tão leais Humanos se matam por reais Eu mato por quem mataria por mim Falta oportunidade, igualdade é um golpe de marketing Monopólio de 2%, 98% no sustento Médico no SUS nunca tá tendo Tá batendo So se for na Santana Aqui não tem seu medicamento, dona Ana Vão começar a vender carne humana no supermarket Açoites a luz do dia se tornam entretenimento Não é mais só negro, é o pobre drama Levanta, bebe um caldo de cana Vou fazer um som na praia No escritório da minha laía É o mangue Nascido na lama Corpo são, mente insana As fissuras na calçada amanheceram minando sangue Acordei com vozes me dizendo que o mal do mundo tem nome É a fome O que sobra pra poucos falta pros que só tem um sobrenome Na lata quantos pereceram [Ponte] Escrevo mais do que devo E esse acervo me traz pra perto de seus medos Percebo procurando livros de poesia em sebos Augusto dos Anjos rimou isso aqui mais cedo Escrevo mais do que devo E esse acervo me traz pra perto de seus medos Percebo procurando livros de poesia em sebos Augusto dos Anjos rimou isso aqui mais cedo Escrevo mais do que devo E esse acervo me traz pra perto de seus medos Percebo procurando livros de poesia em sebos Augusto dos Anjos rimou isso aqui mais cedo [Outro] Vês?! Ninguém a**istiu ao formidável Enterro de tua última quimera Somente a Ingratidão – esta pantera - Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te a lama que te espera! O Homem que, nesta terra miserável Mora entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera Toma um fósforo, acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro A mão que af*ga é a mesma que apedreja Se a alguém causa ainda pena a tua chaga Apedreja essa mão vil que te af*ga Escarra nessa boca de que beija!