Desnorteado - Diários de Motocicleta lyrics

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Desnorteado - Diários de Motocicleta lyrics

[Verso 1] Prende o capacete no pescoço e vamo embora Não pode ir devagar que o pedido pa**ou da hora Tem prazo, tem quinze rota, sem grana nem pro salgado Mas não dá tempo pra fome, porque tá tudo atrasado Rasgo do teu lado e você diz: que absurdo Mas quando tá em casa quer teu lanche em dez minuto Tô vendo, você tá puto, me empurrando pra calçada Fechando o corredor de sacanagem com a minha cara Para com essa porra, sai daí, xô pa**ar Tem mais de cinco produto na mochila pra entregar O guarda quer me multar, polícia quer me parar Se eu perder tempo na blitz, o refri vai esquentar Deu balão, já foi, tá feito, agora não tem jeito Acelera no talo com o vento frio no peito É estreito? Nós pa**a reto, mas tem que ficar esperto Um toquinho na lateral, o chão é certo [Diálogo: Portaria] - Fala aí, irmão.. entrega pro 705 - Vai lá, vai lá - Valeu [Verso 2] Querem me tirar do elevador social Me mandar pro de serviço porque é isso que eu sou: serviçal A pior coisa é ser pobre uniformizado Do lado da madame que te olha de cima a baixo Sorriso tem que ter, caixinha quem sabe vem Já adianta pra comprar leite e fralda pra neném E torce na descida pra moto não ser multada Ou pior ainda: reza pra não ter sido roubada Casa de cliente é território complicado Tem que aturar o esporro se o pedido tá errado Se atrasa no retorno tem os berro do patrão Várias merda no caminho, mas não adianta contar, não A rota foi pro caralho, é os quatro canto da cidade Se vira, faz o teu, o mais rápido que pode E volta logo, que tem mais uma pra fazer Essa é complicada, mas não dá pra esconder [Diálogo: Despachando a Entrega] - Caralho, e essa rota aqui? Pa**a a visão aí.. - Ó, é o seguinte.. presta atenção: [Verso 3] Subiu a principal, pa**ou pelo mercado Virou depois da praça, no sinal que tá quebrado Cuidado com o radar, no 50 tu segura Dobrou primeira esquerda, pegou a terceira rua Ladeira ali é pica, tu volta pra primeira A vista lá de cima, mermão, dá até tonteira Só não olha pra trás, entra no cruzamento Depois do quarto poste começou o sofrimento Reduz que agora desce, segura senão capota A moto berra forte, do freio tu não solta Segunda esquerda cai, primeira direita vira Já tá quase chegando, é depois daquela vila Toca no cliente, interfone tá quebrado Toma de garganta, berra igual um condenado Até que enfim chegou, é hora de entregar Puta que pariu, tá faltando o guaraná