Desnorteado - Rotina lyrics

Published

0 80 0

Desnorteado - Rotina lyrics

[Introdução] Esse é um pequeno relato Do dia-a-dia numa cidade caótica Num mundo em guerra A quem interessa que a nossa vida seja a**im? Quem faz a nossa vida ser a**im? [Verso 1] Rio de Janeiro, quarenta graus e meio Camelô na rua, sinal fechado, ônibus cheio Nos muros propaganda, vandalismo capital Divulgando a falsa bondade multinacional Exploração do pobre, tapa de chefe na cara Os pa**os apertados, cansados, de quem não para A pedra no cachimbo em cada esquina se esfumaça A roupa na janela de um prédio jogado às traças Tudo pa**a, o tempo corre e o sol esquenta Guerreiro é quem sofre mas ainda a**im aguenta E acha tempo pra viver das migalhas que jogam E dizem que é muito, quando muito é o que nos roubam Cinza no chão, nas paredes dessa cidade Verde em poucos cantos, distante realidade Natureza morta, enterrada no asfalto Teatro de falsos felizes sobre esse palco [Verso 2] Mais um dia tranquilo, sem guerrilha nem farda Sento à noite num bar pra esquecer isso tudo Quando o copo se vira, na garganta estala Olho ao alto e percebo o tamanho desse absurdo Pesadelo vivido, crueldade empunhada Paredão de extermínio, história dizimada Quem sustenta essa saga colhe seu benefício Corpos podres empilhados, contingente em desperdício Aves de rapina sobrevoando as cidades Atacando cegos, inválidos, sem vontade Desejo de sangue convertido em vil metal Disfarçado no discurso de orgulho nacional Guerras mais eternas que o infinito de um inferno O pré-apocalipse no desfile de egos Pelo puro interesse corporativo O esforço mais sangrento é o de permanecer vivo