[Verso 1] Melhor ficar calado, quando não se tem nada para dizer Vida é milagre aqui registro o que que eu vim nesse plano fazer Tirar um lazer se pá é merecido Mas se falta tempo noz vai para missão Aqui nos somos trabalhador E tamo na fome de cumprir a função De abrir uns caminho para quem vem de lá, jão De onde o inferno é agora Sangue que escorre, preto que morre Mais uma mãe na perifa que chora Socorro demora Esperança vai embora mas nosso canto ta aqui para afirma Que nos não vamo desistir, que nos não vamo se entrega Lembra da claudia e do amarildo, nos tamo aqui para lembrar Que a família sente saudade e que eles não vão voltar Genocídio do povo preto, e o racismo ta para acabar Assim que o ultimo preto da terra a policia executar Plow, plow, 18 em Osasco, 21 no Vidigal De 93 a 2015 a coisa continua igual O homem de farda é mal, mas o mc é caçador E eu sou hip hop, meu rap é denuncia E eu vou te caçar onde quer que tu for [Refrão] Eu vou trabalhar ate sem comer Para que não falte aquilo que nutra o meu povo para vencer Que meus orixás venham me dizer Os caminhos da alma e que eu possa melhor me entender
[Verso 2] A gente que corta o pau, a gente faz a jangada A gente que desce o rio e traz a pesca para casa A gente ascende a fogueira, e celebra a caminhada A gente que canta o amor que queima no peito igual brasa E papo torto não tem asa para voar aqui quintal Cobra querendo pagar de andorinha pa**a mal Sou capoeira de angola, sou nagô, sou ancestral Sou griot contando historias em uma jornada astral Me identificado com o povo índio e preto, que morre na mata e no gueto Digita na wikipedia , ma**acre de soweto Para entender qual é o efeito de pa**ar dos trinta para nós Quando quem era para proteger veste farda e vira o algoz é a música é nossa arma, instrumento de trabalho E no caminho pro o nosso quilombo, rebeldia sempre foi atalho Recompensa nem sempre é salário, liberdade nem sempre é dinheiro E ainda hoje muito irmão, pede empregado no cativeiro [Refrão] Eu vou trabalhar ate sem comer Para que não falte aquilo que nutra o meu povo para vencer Que meus orixás venham me dizer Os caminhos da alma e que eu possa melhor me entender