Amândio Bastos - Encostei-me para trás na cadeira do convés lyrics

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Amândio Bastos - Encostei-me para trás na cadeira do convés lyrics

[Verso: Sinde Filipe] Encostei-me para trás na cadeira de convés e fechei os olhos E o meu destino apareceu-me na alma como um precipício A minha vida pa**ada misturou-se com a futura E houve no meio um ruído do salão de fumo Onde, aos meus ouvidos, acabara a partida de xadrez Ah, balouçado na sensação das ondas Ah, embalado na ideia tão confortável de hoje ainda não ser amanhã De pelo menos neste momento não ter responsabilidades nenhumas De não ter personalidade propriamente Mas sentir-me ali Em cima da cadeira como um livro que a sueca ali deixa**e. Ah, afundado num torpor da imaginação sem dúvida um pouco sono Irrequieto tão sossegadamente Tão análogo de repente à criança que fui outrora Quando brincava na quinta e não sabia álgebra Nem as outras álgebras com x e y de sentimento Ah, todo eu anseio por esse momento sem importância nenhuma na minha vida Ah, todo eu anseio por esse momento, como por outros análogos Aqueles momentos em que não tive importância nenhuma Aqueles em que compreendi todo o vácuo da existência sem inteligência para o compreender E havia luar e mar E a solidão Ó Álvaro