Allen Halloween - Dia de Dread de 16 Anos lyrics

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Allen Halloween - Dia de Dread de 16 Anos lyrics

Pais falhados, amigos pedrados Não vejo maneira de sair deste buraco Miséria, crime, lixo, bicho n***as a roubarem para alimentarem vícios Sai da frente, deixa-me pa**ar Eu sou velho delinquente eu não vacilo em disparar Não tenho planos, sou vândalo suburbano Violência, delinquência são o meu quotidiano Hey, bacano, não entres no meu bairro O último pagou caro, foi esfaqueado por causa dum cigarro A velha, Maria Imaculada, Senhora respeitada Foi apanhada levada, julgada Tinha meio quilo de branca em casa debaixo da cama De cana, fecharam a paróquia do Padre Góis Cambada de bois, baptizavam meninos com es**matozóides Uh, António da Rua Aguiar 'tá tão mudado Vi-o sentado no Parque Eduardo Sétimo, no Sábado pa**ado Coitado, o rapaz 'tá tão magro (A dar o rabo p'ra comprar cavalo) (A dar o rabo p'ra comprar cavalo) (A dar o rabo p'ra comprar cavalo) (A dar o rabo p'ra comprar cavalo) É um bonito ofício Tão digno como ser Primeiro Ministro Não tens a gravata, não tens o terno Mas tens o cu para teu governo Credo, eu sou um cidadão do Inferno Á esquerda um preto que me quer a**altar Á direita um branco que me quer explorar Sempre enfrentado os outros, meio pedrado, meio ciente Andando pelas ruas provocando toda a gente Ao virar da esquina aparece a polícia PSP, Porcos Seguem Pretos, vieram-me dizer bom dia (- Faz favor de encostar à parede, tens alguma coisa que te comprometa, nós não te dissemos já que não te queríamos ver aqui? És tu que és o Halloween?) O meu nome é Ali Bábá, tem calma meu Só 'tou á espera da tua mãe mas ela não apareceu (- Oh Jorge, este sacana é engraçado) Começaram-me a espancar, a dar p'ra matar Eu puxei dum cigarro, comecei a fumar Pistola na minha cara, cara bué inchada Algemaram-me à chapada e levaram-me para a esquadra Eu já tinha jantado mas na esquadra serviram-me mais um prato Comi tanto naquela noite que fiquei enjoado Bófia agarrou na folha do meu cadastro Mais porca que o porco do meu padrasto Idade, 16 anos de marginalidade Acusação, ladrão, deram-me ordem de prisão (É a décima vez que a gente se vê Preto do caralho vais dormir no xadrez) Xadrez para mim é uma suíte Paredes com cimento na minha casa não existe, é triste Meteram-me na cela dum travesti magricela Um Tuga agarrado mais conhecido por Cinderela Pediu-me um cigarro disse que morava em Odivelas Era um homem inocente, foi apanhado numa ruela (A dar o rabo p'ra comprar cavalo) (A dar o rabo p'ra comprar cavalo) (A dar o rabo p'ra comprar cavalo) (A dar o rabo p'ra comprar cavalo) Público, público na esquadra era muito Sempre pensei que era um gajo fodido mas não era o único Ao lado de tanto marginal, eu era um miúdo Putas, drogados, ladrões, chulos Tanta escumalha, tantos gandulos (- Hey senhor guarda vocês não podem prender putos - Shh! Respeito pela farda, faz pouco barulho) Eu conheço este porco, ele chama-se Varela Maldito porco da PSP de Odivelas Uma vez viu-me no parque a fumar a minha wella Apagou-me o charro, fodeu-me uma costela Ah, Varela, felino desgraçado Se apanho o teu focinho eu mando-te com o caralho O porco do teu filho anda na melhor faculdade Com o dinheiro que rouba os dealers na cidade O porco tem um bigode que é sua vaidade Uma moto quatro, e duas casas no Algarve O porco tem um trauma que é segredo A sua ex-mulher fugiu com um ganda preto (- Ahahah - Pouco barulho caralho! Deves 'tar a querer levar mais? - Então senhor guarda? Ahn... Deus me livre, eu calo-me já) Três e meia finalmente saí da esquadra Prenderam tanta gente que a cela ficou lotada Tiraram os meus dados e mandaram-me para casa Cravei uns trocos, telefonei à minha chavala Mas para variar, a b**h não 'tava Cabra de merda roda o bairro inteiro Mas eu não a largo, a puta tem dinheiro Cheguei a casa a porta 'tava arrombada Vidros partidos na entrada, tinha sido a**altada Desgraçado do meu primo, maior carocho da área Tinha-me roubado um vídeo para comprar dose diária Abri o frigorífico, nada p'ra beber Virei a cozinha, nada p'ra comer Deitei-me na cama comecei a tremer Quatro da manhã não consigo adormecer Olha no fundo do quarto a insónia Porque é que não param de rir-se de mim!? Paranóia! Não aguento n***a, a agonia é muito grande Preciso de qualquer merda para mandar para o sangue Gás ou gasolina dá-me que eu fumo Alguém me faz um pica ou eu corto os pulsos, eu juro Ninguém me ouve por mais que faça barulho De repente, pareceu-me ouvir gente Vozes a chamarem-me por mim na minha mente Deve ser da fome, eu devo estar doente Preciso de ajuda, por sinal, urgentemente (Halloween) (Halloween) (Halloween) (Ahahahah) Afinal eram os meus n***as a baterem á porta (- Então? Como é que é bruxa? - Nu bai bruxa 'am busca droga?) Bora, puta da insónia que se foda Fomos comprar droga na esquina vinte e quatro Esquina controlada por um dealer cadastrado Dealer conhecido como Dino Diacho Cara marcada com a cicatriz duma facada Óculos escuros, fato, gravata Charuto cubano, mala à diplomata O índividuo tinha sido preso mais de vinte vezes 'Tava cá fora não fazia dois meses Um Cabo-Verdiano escuro só andava de Mercedes Entramos no bairro, gangsters em todo o lado Calma mano só viemos comprar um charro Cabo-Verdiano fez um sinal n***as ficaram calmos Ofereceu-nos bebida, fomos testar o produto No carro, damas bonitas, vinho do mais caro 'Tá-se bem n***a, hoje temos o dia ganho Começámos a fumar, beber sem parar Eu 'tava de jejum comecei a vomitar Tiraram-me do carro ao pontapé e à chapada Fingi que desmaiei mas não me serviu de nada Nós eramos três, eles eram mais de vinte Pontapés na minha cabeça pareciam dinamites Consegui fugir mas esquecime do ... Voltei para trás (Rapaz nhos é nha droga) Desgraçados, cercaram-me deram-me um enxerto de porrada Meus n***as fugiram, deixaram-me deitado na estrada Cara rebentada, roupa rasgada Ganda pedrada, cinco da madrugada Deitado no vómito sem guito, sem angala De repente sinto um flash (E a luz se apaga, e baza, e baza, e baza...) Fiquei desmaiado até uma velha me acordar (Ai não te mexas filho que eu já chamei uma ambulância) Ambulância? Afanei-lhe o fio, tirei-lhe a aliança Cacei-lhe a carteira e pus-me à distância Vizinhos ouviram gritos chamaram a policia Com a jarda que eu tinha nem que chama**em a CIA Nas costas, levar uma facada, nem sentia Qualquer merda, mudara a minha batida cardíaca O coração parava, o coração explodia Nem o Obikwelu me apanhava da maneira que eu corria Cheguei a Santo António já era de dia Não há ninguém que goste de mim neste bairro Parece que todo o mundo me quer mandar abaixo n***a 'tou no chão daqui já não caio Os cotas do bairro, todos olham-me de lado (Então rapaz? Quando é que arranjas um trabalho?) Pergunta à tua mulher se ela precisa dum caralho Tinha tantos amigos, fazíamos merda todos os dias Um foi morto os outros foram para Caxias Ás vezes fico a pensar, há-de chegar o meu dia Mas não penso muito, a cabeça 'tá fodida Vinte e quatro horas por dia com uma faca no bolso Girando de esquina à esquina à procura do almoço A ver se um gajo orienta guita pa apanhar moca Se um gajo ca orienta, ta fica dodo Já faz um mês e tal que não vou às aulas Mais uma vez se calhar chumbei por faltas Nunca fui burro nem um grande baldas Os stores é que nunca foram com a minha cara Uns diziam bem alto que eu lhes queria gozar Meninos do SASE ponham o dedo no ar Todos riam-se mas riam baixinho Sabiam que lá fora levavam no focinho Havia uma miúda chamada Bianca Bianca era minha paixão de infância Uma miúda mulata quase branca Corria atrás dela desde criança Mas ela não quis namorar comigo nunca Diz que nunca viu um gajo tão chato, tão chunga Vai Bianca se não gostas da minha roupa A minha mãe não coze, o meu padrasto não compra Saí daqui que tu cheiras mal da boca Tu nem és bonita tu não és boa Vou mas é largar a escola, montar a minha banca Comprar umas roupas, fumar muita ganza Vou comprar um Mercedes como aquele que o Dino manda Depois vou voltar à escola, vou comer a Bianca Dói-me as costas, a moca foi embora A dor vai e volta, ajuda-me brotha Foda-se ('Tou farto desta vida, que safoda Safoda) ('Tou farto desta vida, que safoda Safoda) ('Tou farto desta vida, que safoda Safoda) ('Tou farto desta vida, que safoda Safoda) Um dia destes ainda pego numa pistola Dou a banhada grande e vou-me embora Vou para um lugar onde ninguém me conheça Um lugar bem longe da minha cabeça Eu tenho medo que ninguém se lembre de mim Mas tenho mais medo, boy, de ficar aqui Assim é o Karma, da vida de um malandro Eu vou andando, vou-me arrastando As minhas pestanas tão pesadas Pesam uma tonelada As minhas pernas tão cansadas Quem me dera chegar a casa Não sei se cheguei, acho que fiquei por ali Deitei-me num banco de jardim e adormeci