A286 - O Crepúsculo da Existência lyrics

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A286 - O Crepúsculo da Existência lyrics

Fi, se que ta ai fi? Traz um copo de água pro pai Traz um copo de água pro pai, por favor Se que ta ai? Caralho mano de novo tiu Porra vai toma no cu Não enche o saco velho do caralho Ô fica de boa ai, vai dormir um pouco caralho Alguém devolva o meu sorriso, me tira dessa cama Honra o que me disse um dia, prova que me ama vai Quero sentir minhas pernas, bater uma bola Cola em qualquer bote, jogar conversa fora Não foi possível, nem fala que me entende Se nunca se viu por um copo de água dependente Com a mente saudável e o corpo vegetando Dependendo de você pra comer e tomar banho Se não é pelas vizinhas e sua compaixão Já tava morto nessa porra podre de infecção No mesmo colchão com as fraldas transbordando bosta Na mesma posição, com a pele morta De que vale ter vida do pescoço pra cima? Só pras decepção me matar dia após dia Hoje meu sonho é ver o demônio me levando Só pra não te ver fi de novo reclamando Eu não tinha esse corpo, esse braço tão fraco Eu não tinha esse rosto esse desgosto amargo Eu não tinha esses olhos cansados Em que espelho eu deixei meu sorriso? Aonde estão aqueles que no colo abriguei? Pra alimentar nem comi e mais que de mim cuidei Dediquei a vida em prol do seu sorriso, olha Sem querer nada em troca E agora o olfato que tanto privei de qualquer cheiro mau Fecha a porta pra não sentir o odor do corpo com 1 banho mensal Finge não ver o cansaço que que involuntário expressei Olhos que tantas lágrimas enxuguei As sobras do almoço fria do lado da cama Nem as baratas e as formigas livraram de virar a janta Senhor me faz dormir pra suportar a dor das pernas Já que toda vez “me arruma” é sinônimo de guerra Tv ligada baixa onde nada se vê pa**ar Define bem a preocupação com meu bem estar Dispensa as flores do caixão não vai fazer sentido Após morrer de decepção tentando esquecer que foi esquecido Eu não tinha esse corpo, esse braço tão fraco Eu não tinha esse rosto esse desgosto amargo Eu não tinha esses olhos cansados Em que espelho eu deixei meu sorriso? A tempos ninguém trazia flor com palavra de amor E tudo se resume em dor de saudade do que sonhou E o ato fraternal familiar o abraço Só ficou conservado no quadro empoeirado Mas se pudesse ouvir sabia que perdoou os socos As mãos com os mesmos traços que a minha apertando meu pescoço Que sua ausência doía mais que ingratidão Quando não dava de propósito o remédio pro coração Se um dia a vida te crucificar na cama se suicida A melhor idade é mentira, é geração esquecida Não importa sua sabedoria é sem utilidade E só não te internam por falta de oportunidade Mas se soubesse a dor do abandono meu Que um dia fui como você e amanhã será como eu Pede pra Deus te levar na facada ou baleado Antes que aquele que cê deu a vida te mata esquecido num quarto Eu não tinha esse corpo, esse braço tão fraco Eu não tinha esse rosto esse desgosto amargo Eu não tinha esses olhos cansados Em que espelho eu deixei meu sorriso?