A286 - Juntando os Restos lyrics

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A286 - Juntando os Restos lyrics

Que vocês querem mais de mim? Que vocês querem mais? Ainda bem que nunca acreditei em paz... Pra não morrer antes do tempo, é difícil mas é preciso sempre esperar o pior de todos, de tudo. O que vim é lucro, que absurdo, não é justo, pensando bem, o que aqui é justo? Só quero conseguir entender o bagulho com lógica, sem precisar ter que engolir qualquer grosa... Enterrei minha mãe com um só pedido à deus, viver até pode criar seus filhos, não deu Enfim, a rua criou, to aqui, e se o limite era os 25, mano sobrevivi Entre cachaça, fumaça, biqueira, puteiro, c**aína, pedra de crack = ileso Sem ao menos um trago num cigarro, careta na banca dos louco sim, mas 100 mérito pra aplauso, dispensa comentários, elogios, se ainda impotente presencio vários trancados em vícios Não é comemoração de títulos, é perdas, de s**ta à s**ta na mesa do bar com as breja Melhor presente do meu pai foi o abandono, pra solidão de um quarto me fazer homem aos 14 anos Cheio de planos e sonhos? negativo, cheio de mágoas, rancores, conflitos, perdido Identificando falsos sorrisos, caramba...Inveja em quem depositei mais confiança... Testemunhando os meus se matando por fama, por grana, piranhas...Desprezando quem mais te ama [...] Cercado de frustração, olhares sem definição, complementam a dor da paisagem, amontados em pequenos lares inativos compartilham raiva, sonhos perdidos, nasci em meio à isso...um acidente, como sempre, até quando vamos iniciar a vida de trás pra frente? Sem planejamento, casamento desunido, alcoolismo, gravidez precoce, droga, conformismo... Comodismo epidêmico que exala feito praga e como um genocídio mata em ma**a Afogados em lágrimas, como sonhar com paz, se a primeira guerra que conhecemos é entre os nossos pais? Não fui criado com festas tradicionais, nem sei quando que é dia das mães, dia dos pais... Faz tempo que parentesco sanguíneo não é simbolo de união, é de inveja, de traição Ganha a humanidade com o olho critico, não existe amor à deus só temor ao castigo, crenças por recompensas materiais... Onde amor é consequência do bolso portando reais O que mais me mata nessa porra é a certeza de que por mais cristos que crucifiquem não mudam cabeças Espíritos competitivos em combates constantes, alimentando ego com poder insignificante Ofuscando a riqueza que há, como do momento do seu pivete aprendendo a falar Quantos corpos mais temos que velar em silêncio pra entende que o que temos mais de valor é o tempo?